As corridas de longas distâncias constituem-se em uma das práticas esportivas que tem recebido mais adeptos nos últimos anos. Em função do crescente número de mulheres que adotam esta atividade física, seus efeitos sobre o organismo feminino têm sido objetivo de inúmeras investigações científicas em vários centros de pesquisa no mundo todo.
Uma das preocupações que determinou atenção toda especial dos pesquisadores foi a dos efeitos sobre a produção de hormônios e o ciclo reprodutor da mulher. Vários relatos científicos mostravam que em determinados casos, a prática de corridas de longas distâncias podia interferir no ciclo hormonal da mulher, interrompendo a menstruação e levando à infertilidade.
Pesquisas mais detalhadas mostraram que tais casos ocorriam em consequência de exageros na intensidade da corrida praticada, e podiam ser revertidos com a modulação adequada da corrida em função dos níveis individuais de tolerância.
O consenso científico atual é de que, no caso da mulher, as corridas de longas distâncias podem trazer inúmeros benefícios para a saúde, desde que sejam respeitados os níveis individuais de aptidão física. Somente através de uma avaliação física individual será possível determinar os limites individuais de tolerância, e assim controlar o limite entre benefício e prejuízo.
Uma pesquisa recente realizada no CEMAFE (Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte) comparou um grupo de mulheres que corriam entre 50 e 100 km por semana (respeitando os limites adequados de intensidade determinados através de avaliações físicas individualizadas) com um grupo de mulheres sedentárias e obteve os seguintes resultados:
- Ossos mais fortes (maior depósito de cálcio);
- Menor teor de gordura corporal;
- Maior quantidade de massa muscular em relação ao peso corporal;
- Aptidão física cardio-respiratória 80% maior que as sedentárias.
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